Recentemente fui questionado sobre a eficácia da água benta num exorcismo. A noção era tida com descrença. Talvez parecesse uma "superstição" Católica. Vamos dar uma olhada mais profunda...
Não há água no inferno. Água é uma fonte necessária de vida. No inferno, há somente morte. Talvez por isso diz-se que os demônios habitam no deserto (Lv 16:10; Is 13:21; Is 34:14; Tb 8:3). O deserto é árido, estéril e sem vida. Seria uma morada familiar para os demônios do inferno.
O Novo Testamento atesta a natureza sem água do inferno. Um homem rico e impiedoso morreu e foi entregue ao "mundo inferior onde estava em tormento... Ele gritou: 'Manda Lázaro molhar a ponta do dedo na água e refrescar minha língua, pois estou sofrendo tormento nestas chamas '" (Lc 16: 23-24). Ele implorou por um pouco de água, mas, no inferno, não poderia ter.
No início de seu ministério, Jesus foi para o deserto, não apenas para ficar sozinho e orar, mas também para enfrentar e vencer Satanás (Lc 4:1-13). Exorcizar Satanás era, e continua sendo, uma parte essencial da missão de Jesus de introduzir o Reino. [1]
Da mesma forma, os primeiros monges nos séculos IV e V foram para o deserto ao redor do Egito, Palestina e Síria para se envolver em uma guerra espiritual e vencer o diabo, assim como Jesus, seu modelo, havia feito. O deserto é um lugar de solidão; É também uma morada intensa dos demônios.
A água é um elemento essencial no batismo para expulsar a influência de Satanás e introduzir a graça santificadora de Deus. De forma similar, a água benta é usada para expulsar demônios no Rito de Exorcismo. O novo Rito de Exorcismo reflete apropriadamente o rito batismal.
No plano natural, a água é abominável para os demônios. Mas quando abençoada por um padre, torna-se uma fonte de graça no nível sobrenatural. A Igreja tem o poder e a autoridade, dados por Cristo, para agraciar tais sacramentais. Isso inclui crucifixos abençoados, sal e óleo abençoados, estátuas religiosas abençoadas e muito mais.
Uma das lições que aprendi depois de anos de exorcismos é o quanto os demônios odeiam a Igreja e tentam destruí-la. E muitas vezes experimento como a Igreja é poderosa pela presença viva de Cristo nela: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18).
Um pouco de água abençoada por um padre não parece muito, mas quando toca os demônios eles gritam em agonia. Quando toca os fiéis, eles recebem a bênção de Deus.